Dizem que ele é o melhor amigo dos que sofrem... Que ele cura as feridas... Que ele leva ao esquecimento... Então o que seria o tempo, afinal? O grande antibiótico dos que choram? A morfina dos desesperados? Quando o coração se parte e vc acha que nunca mais conseguirá juntar seus pedaços, quando abrir os olhos pela manhã dói, quando vc usa os músculos da face para sorrir, mas na verdade quer exercitá-los só p/ chorar, a ação do tempo é imediata. Ou pro bem, ou pro mal. Ele age como anestésico da dor, ou como agente direto que impulsiona uma coisa chamada saudade. Daninha, injusta e implacável, ela não poupa esforços em te fazer lembrar, recordar, sorrir ou chorar. Enfim, ela é cruel. Mas quem nunca a sentiu? O importante é canalizá-la. É guardá-la. Não deixar que flua. Não dar vazão. Amiga, eu sei o que vc está sentindo. É ruim. Mas, vai passar. Sempre passa. Já escrevi em outro blog que precisamos driblar o tempo. Vc é forte. É como eu. Vai conseguir.
Dizem por aí que a vida é passageira. Se essa sabedoria de folhetim estiver certa, o que eu ainda não sei, ando cheia desses clichês baratos, então essa dor também vai passar. Essa saudade também vai passar. Esse amor, aff... isso que é difícil, também vai passar...
30 dias...
Tempo, cruel tempo...
