Tudo o que é interessante ou desinteressante, útil ou fútil, tudo o que você ama, ou odeia, está aqui! Da futilidade à intelectualidade, da moda aos livros, do cult ao besteirol, vamos enfatizar extremos do mundo feminino! Afinal, todos os dias são nossos!!!







sábado, 12 de fevereiro de 2011

Silêncio.

É cedo. Mas ainda assim eu quero.
É inalcançável. Mas quero me cansar de percorrê-lo.
É precoce, depressa, intempestivo, voluntarioso e arrogante.
Isso o torna saboroso ao meu paladar. Mas com um gosto indecifrável. Mel e fel. Queima a pele. Arde a alma. Cauteriza meus sentidos. Mas eu preciso. Tornou-se combustível para os meus dias.
Dói. Mas é suportável. Intoleravelmente inevitável.
Embola-se em meus pêlos, agarrando-se em meus cabelos como um náufrago em alto mar.
Como quem precisa respirar, toma meu fôlego de assalto quando me busca os lábios...
Tem volume, inconstância, força e doçura. Me assusta, me aguça, brinca com a minha adrenalina.
Me preenche dele e me esvazia de mim mesma como se eu não me pertencesse mais, me chama p/ perto, me toma pelas mãos e me conduz...
Me refugio no silêncio...
Eu resisto. Mas só enquanto consigo.
Não há nenhuma verdade na resistência.
Ela é só um grito de socorro, um apelo inútil à minha necessidade de sentir...

Game over.