Tudo o que é interessante ou desinteressante, útil ou fútil, tudo o que você ama, ou odeia, está aqui! Da futilidade à intelectualidade, da moda aos livros, do cult ao besteirol, vamos enfatizar extremos do mundo feminino! Afinal, todos os dias são nossos!!!







sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Memories...

O que fazemos com sentimentos guardados que não podem ser compartilhados? O que fazemos qdo o coração bate descompassadamente, tomado por uma ansiedade que rasga a alma, aguardando o momento de ver, de olhar, de falar, ou somente de escrever...? Quando vc tem que limitar seus sentimentos à um momento diário de poucos minutos, através de uma tela fria de um computador e o pior: quando vc começa a se acostumar com isso, é hora de repensar. Não há tempo para arrependimentos, só para a sensatez. Vc sabe que ainda resta um caminho e quer lançar mão dele, como a última cartada de um jogador de pôquer bêbado, insone, sem perspectivas. Vc depende dessa jogada. Vc ouve palavras duras, lida com a aspereza disfarçada de sinceridade, com a insensibilidade mascarada de franqueza, ninguém te dá crédito, acham que vc é louca, mas continua. Vc adota a fidelidade velada. A doação solitária. Vc é leal à um personagem, à um fantasma. Pq não existe reciprocidade. Não há o que retribuir. Vc está só.  A vida passa a ser algumas horas. Passa a ser importante só em alguns momentos, numa leitura, numa frase, numa tarde, em 4hs.
A memória trabalha incansavelmente. É um flash back contínuo. É a grande responsável pela insistência, pela sensação de coisa inacabada, interrompida. E de repente, vc acorda de manhã, sai para o trabalho e, num lampejo de sanidade, decide apagar da memória, as memórias. Pelo menos tenta. Todos pagam por isso: o celular, o msn, aquela pasta "imagens" do seu computador...
Vc passa a amaldiçoar toda a sorte de modernidades que não pode mais viver sem e deseja voltar à década de 80, onde era muito mais feliz, sem tanta tecnologia.
Nesse verão, em que os termômetros ultrapassaram os 40º, eu quis viver à 45º. Eu transpirei. Eu experimentei. Eu apostei. Eu paguei p/ ver. E vi.  Programa Blade Runner, eu fiz.  Forte e vibrante como o aço. Ouvi amenidades. Eu mergulhei. Conheci o fundo do mar. Conheci peixes, peixões. Não fui até Amores. Mas sei onde é. Sei como é, senti como é. Ironicamente, eu sei de Amores...
Quem sabe um dia, numa cabana no meio do nada, sentindo o vento do mar soprar no rosto, eu faça jus ao codinome que me foi dado e adotado quase como nome de batismo... Sereia...

Ahhhh o verão de 2011... No verão de 2011 eu fui bem mais feliz... Eu vivi...