Era uma vez um amor.
Um amor tão grande, mas tão grande, que mudavam-se as estações do ano, passavam-se os feriados, alguns anos bisextos, os cabelos brancos surgiam, e lá estava ele.... Sempre presente.
Um amor pretencioso. Quase arrogante. Teimoso. Infantil. Medroso.
Um amor que contrariava às expectativas dos demais sentimentos. O orgulho, por exemplo, sempre lhe dizia para sumir. Mas ele não lhe dava ouvidos. A inteligência adorava lhe dar lições de moral. Ele, por sua vez, as ignorava. A raiva queria se tornar sua companheira constante. Mas ele era superior. Sempre lhe despistava. A sensatez falava-lhe manso, com carinho. Ele ouvia com atenção, mas driblava-lhe sempre.
Ele era insistente e só queria existir. Ele só queria existir. Só queria ser notado. Ser percebido. Ser enxergado.
Aquilo que você der a uma mulher, ela vai tornar maior. Se você der o seu semen, ela te dará um bebé. Se você lhe der uma casa, ela vai dar-lhe um lar. Se você lhe der compras de mercearia, ela vai dar-lhe uma refeição. Se você lhe der um sorriso, ela vai dar-lhe o seu coração. Ela multiplica e amplia o que lhe é dado.
Tudo o que é interessante ou desinteressante, útil ou fútil, tudo o que você ama, ou odeia, está aqui! Da futilidade à intelectualidade, da moda aos livros, do cult ao besteirol, vamos enfatizar extremos do mundo feminino! Afinal, todos os dias são nossos!!!