As surpresas que a vida nos reserva nem sempre são agradáveis. Não fomos programados para as perdas. Não se ensina, na escola, a como reagir a elas. A gente já nasce sabendo que vai morrer, já começa a andar sabendo que vai cair, arruma todos os dias, o que vai ser posteriormente desarrumado e ganha sempre sabendo que pode perder. Fechamos ciclos na vida. Mas até que esses ciclos se fechem por completo, resta a impotência da espera, a inquietude da impaciência e a necessidade de superação do famoso "um dia após o outro".
O silêncio ajuda muito, mas não se afaste dos amigos. Mas só dos verdadeiros. Os de ocasião, dispense.
Dias de sol são sempre bem-vindos. Muito embora a estação atual não colabore muito. Logo, agasalhe o corpo. Agasalhe também seu coração e suas palavras. Não grite ao mundo a sua dor. Fale sua dor baixinho, como em oração. Para somente a quem interessar possa.
Ria só se tiver vontade. Chore também. Afinal, ninguém precisa acordar e dormir com o mesmo humor sempre. Evite o cinismo. Não se ironize. Viva seu luto, respeitando-se.
Não amaldiçoe a vida. Há tanta vida lá fora... Respeite apenas o seu processo. Cada um tem o seu.
Há tanta coisa a ser vista, a ser vivida... Coisas especiais, acontecem somente a quem é especial.
Abra os olhos de manhã e entenda que nem sempre as surpresas que a vida nos reserva são agradáveis e que só vc pode determinar o tempo da sua dor...
