Tudo o que é interessante ou desinteressante, útil ou fútil, tudo o que você ama, ou odeia, está aqui! Da futilidade à intelectualidade, da moda aos livros, do cult ao besteirol, vamos enfatizar extremos do mundo feminino! Afinal, todos os dias são nossos!!!







quarta-feira, 25 de abril de 2012

A guerra está declarada.

Quando Romeo e Juliette se conhecem numa balada, especulam, brincando, se não estariam condenados, pelos nomes, a um destino trágico. Jovens e felizes, após pouco tempo de namoro eles ganham um filho, Adam. O bebê representa para o casal algo muito maior e mais difícil que o desafio do amadurecimento e da responsabilidade: com 18 meses, Adam recebe o diagnóstico de um tumor no cérebro. Seguem-se, inevitavelmente, a angústia, o medo e a incerteza. Destino?
Não deve existir abismo maior que a perspectiva da perda de um filho, e o processo de assimilação dessa realidade terrível é encenado com sensibilidade e delicadeza pela atriz e diretora Valérie Donzelli. A guerra está declarada, que recebeu vários prêmios no último Festival de Cannes e é o representante da França na disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro deste ano, é simultaneamente alegre e trágico, celebrando e afirmando a vida em meio ao cenário desolador da doença e da morte. O filme, cuja história é baseada em fatos vividos pela própria cineasta, estreou em janeiro nos cinemas do Rio de Janeiro com status de melhor filme do ano. E não decepciona.
A inventiva linguagem narrativa de A guerra está declarada apresenta uma inocência e um frescor que evocam os primeiros filmes da Nouvelle Vague. Combina de forma inusitada, por exemplo, músicas suaves com cenas nervosas, e vice-versa, com sons e imagens econômicos e levemente sujos e mal acabados – o que aumenta o efeito de verdade das situações, sem abrir mão da poesia. A trilha musical, que vai de Vivaldi a Laurie Anderson, passando por uma versão instrumental de ‘Manhã de Carnaval’, acrecenta significados, mais do que ilustra o estado emocional dos personagens.
O estranhamento é amplificado pela voz em off, que narra e dá um tom fabular ao drama vivido pelo jovem casal em sua jornada sem fim por consultórios médicos e corredores de hospitais, onde o bebê é submetido a tratamentos caros e incertos. Diante de uma exasperante e dolorosa corrida de obstáculos, Romeo e Juliette sofrem e se isolam, mas também se obrigam a sorrir, brincar, achar graça nas coisas, ao mesmo tempo em que refazem a teia de laços afetivos e familiares que os contextualiza como personagens. Conservam a ternura, mesmo nos momentos de maior dor. Entenderam, talvez, que mais importante que aquilo que nos acontece é a maneira como reagimos, pelo menos até onde é possível escolhermos como reagir.

terça-feira, 24 de abril de 2012


"A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem."
                        Arthur Schopenhauer

domingo, 22 de abril de 2012

Lembranças.

Há uns dias que tenho tido muitas lembranças de pessoas que amei e que partiram. Que partiram voluntariamente e involuntariamente. Especialmente minhas duas avós, a materna e a paterna. Lembranças de minha infância quase solitária, se não fossem 3 primos maldosos, quase sádicos, que brincavam e brigavam muito comigo e que hoje são pessoas que gosto muito. Lembranças de brincar na linha do trem em Éden, que de paraíso, na verdade, tinha muito pouco, a não ser aqueles momentos mágicos que eu podia correr livremente entre os dormentes de madeira velha, que eu considerava o verdadeiro Jardim do Éden.Da casinha de telha da vovó Carlinda, que quando chovia forte, parecia que ia desabar. O barulho era ensurdecedor. De como a Dona Carlinda era durona. Mulher guerreira, desbocada e brigona. Mas muito amorosa. Do macarrão vermelho, que ela só fazia quando íamos lá. Do cheiro de perfume Avon que ficava pela casa depois q ela tomava banho. Da felicidade estampada em seu rosto quando, a única filha e a única neta que moravam longe, atravessavam a ponte para ir à sua casinha e de como minhas primas morriam de ciúmes, pq TODAS as atenções eram voltadas para mim...
Foi uma época de muito amor. Uma infância feliz.
Tenho tido lembranças de minha avó Dinah, de seu cafezinho de manhã, às 07h, que me oferecia quando passava para ir ao trabalho. Dos Natais (era seu aniversário), em que sempre, corajosamente, matava um porco para a ceia. E eu assistindo a tudo, óbvio! Era o acontecimento familiar mais esperado do ano, para nós crianças: a carnificina suína. De quando, ainda adolescente, me pedia para fazer suas unhas. Eram mãos finas, trêmulas, enrugadas, de unhas quebradiças, que adorava pintar de vermelho. Sentava na poltrona velha, uma mão estendia para mim, outra pegava um copo de Bavária (sua cerveja preferida) que ela chamava "Babária". Tinha olhos doces e apaixonou-se no fim da vida. Mas foi um amor não-correspondido. Fazer o que. Ficou deprimida, sofreu aos 70, como qualquer mulher de 30. Coisas da vida.
Tenho lembrado de gente que prefiro esquecer, que partiu, que sumiu, desapareceu. Amigos, amores, afetos e desafetos. Como alguém, que é tão especial num dia, em outro não lhe faz a menor falta? Pq perdemos pessoas a quem tanto amamos? Pq as avós não são pra sempre?
Pq uma hora a gente ama e outra desama? Pq não é forever?

Desculpe, Vinícius, mas rejeito o "eterno enquanto dure".

sábado, 21 de abril de 2012

Não tenhas medo.


"No Tengas Miedo" narra a luta de Silvia, que aos 25 anos decide refazer sua vida por completo e se redescobrir, enfrentando as pessoas, emoções e sentimentos do passado na busca por superar, em definitivo, as sequelas dos abusos sexuais sofridos na infância.
Um filme nervoso. Constrangedor.
Um silêncio sufocante. Uma realidade retratada numa obra de ficção. Excelentes e difíceis interpretações.
Um filme imperdível.

domingo, 15 de abril de 2012

La cara oculta.



Um suspense muito bom!

O filme conta a história de um maestro da Orquestra Filarmônica de Bogotá, que viaja a trabalho com a namorada. Ela, motivada por ciumes, vai embora, deixando um vídeo como carta de despedida. Porém, a mesma some, criando-se um mistério sobre seu desaparecimento.
Dirigido por Andy Baiz, diretor do filme “Satanás“, esse ganhador do prêmio de Melhor Filme e Melhor Ator no Festival Monte Carlo de Cinema.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Tudo o que quiseres

Há limites para o amor? Principalmente por um filho?
Sensível e leve, sem ser apelativo e/ou cansativo, "Todo lo que tu queiras" (Tudo o que quiseres), agrada em todos os sentidos. Principalmente pelo incrível desenrolar da trama, que surpreende. Diferentemente dos "filmes-família", onde a mãe é sempre o baluarte do amor e da segurança emocional, a figura paterna se destaca durante toda a trama.
Uma família comum: pai, mãe e filha, com uma vida comum, até o dia que suas vidas passam por uma reviravolta. Verdadeiro 360º. À partir daí, o pai, Leo, colocando sempre o bem-estar da filha em primeiro lugar, muda sua vida dráticamente em prol da criança, alterando sua rotina, sua vida, e até mesmo sua identidade. Dúvidas, incertezas, conflitos interiores, certo ou errado se misturam nesse, que é um filme muito bonito, interessante e que esteve no Festival do Rio em 2010, arrancando alguns elogios.
Sabe aquele tipo de filme "facinho" de ver? Que vc nem vê a hora passar?
Tudo o que quiseres é isso aí!!!
Bom filme!

sábado, 7 de abril de 2012

Feliz Páscoa!

É Páscoa!
Dia de relembrar e entender o sacrifício de Jesus na cruz por nós, reles pecadores.
Páscoa é transformação, renovação. Deus, em sua infinita misericórdia  e amor, enviou seu único filho para nos redimir com seu tão precioso sangue. Obrigada, Senhor!
Obrigada por tão grande amor! Por tão grande presente! Obrigada por Jesus!

terça-feira, 3 de abril de 2012

People.

De uns tempos p/ cá ando me cansando de gente.
Gente chata, incômoda, invejosa, preconceituosa, cheia de razão. Quer coisa mais desconfortável do que gente sempre cheia de razão?
Gente criteriosa demais, oportunista demais, idiota demais.
E com isso, curiosamente, tenho me aproximado mais dos animais. O grau de aceitação deles é de 100%. Estão sempre felizes qdo nos vêm. Somos sempre bem vindos ao seu lado. Seu olhar é sempre de doçura e companheirismo.
Diferentemente de gente, eles são gratos e nos "adotam" como parceiros. São fiéis e entendem nossas palavras.
Animais são assim.
Seriam eles os seres racionais?